Quem pesquisa e estuda a história do cinema brasileiro sabe que tem muitas dificuldades pela frente, sobretudo quando se interessa pelo passado mais distante de nosso cinema. A maior parte dos filmes não existem mais, os bons estudos sobre o assunto são poucos, os arquivos disponíveis apresentam várias lacunas, e de alguns tipos de documentos (roteiros, dados de produção, material publicitário etc) sobreviveu muito pouco.
Entretanto, quem se aventura em outras áreas - como é o meu caso que tenho pesquisado para minha tese de doutorado o passado do rádio brasileiro -, descobre que as dificuldades são as mesmas ou até maiores. No caso do rádio, muitos dos programas criados e irradiados eram realizados ao vivo e só podem ser resgatados pelo que sobrou de roteiros e transcrições (originais ou publicadas na imprensa). Obviamente, muitos programas também foram registrados em discos para serem transmitidos em outras estações ou ocasiões, mas também muito pouco desse material chegou aos dias de hoje.
Personalidades fundamentais da história do cinema brasileiro, como Oduvaldo Viana, Ruy Costa, Mário Brasini e José Medina, também tiveram atuações destacadas no rádio e para traçar um quadro mais completo do meio cultural brasileiro dos anos 1940, por exemplo, não é possível deixar de pesquisar a fundo os arquivos de rádio e de cinema. Tive a oportunidade de pesquisar no acervo Oduvaldo Viana, depositado, organizado e tratado pela Funarte, no Rio de Janeiro, e ele traz documentos fundamentais para pesquisas sobre o cinema e o rádio brasileiro.
Durante essas pesquisas, fico me perguntando onde teriam ido parar arquivos pessoais de figuras fundamentais como Oduvaldo, mas talvez menos conhecidas hoje, que também tiveram trajetórias de destaque não só no rádio e cinema, mas também teatro. Penso em críticos e autores como Celestino Silveira ou Raimundo Magalhães Júnior, para dar dois exemplos.
Entretanto, o mais surpreendente (e triste) não é só pensar no que pode ter se perdido, mas o que, mesmo tendo sobrevivido até os dias de hoje, ainda pode se perder por desinteresse e desleixo de instituições de pesquisa, apesar da dedicação apaixonada de familiares e pesquisadores.
Nesse caso, recomendo a leitura do artigo "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro: o triste fim de uma memória", publicado no site www.joaodorio.com e que me inspirou escrever esse post.
Dá o que pensar.
Entretanto, quem se aventura em outras áreas - como é o meu caso que tenho pesquisado para minha tese de doutorado o passado do rádio brasileiro -, descobre que as dificuldades são as mesmas ou até maiores. No caso do rádio, muitos dos programas criados e irradiados eram realizados ao vivo e só podem ser resgatados pelo que sobrou de roteiros e transcrições (originais ou publicadas na imprensa). Obviamente, muitos programas também foram registrados em discos para serem transmitidos em outras estações ou ocasiões, mas também muito pouco desse material chegou aos dias de hoje.
Personalidades fundamentais da história do cinema brasileiro, como Oduvaldo Viana, Ruy Costa, Mário Brasini e José Medina, também tiveram atuações destacadas no rádio e para traçar um quadro mais completo do meio cultural brasileiro dos anos 1940, por exemplo, não é possível deixar de pesquisar a fundo os arquivos de rádio e de cinema. Tive a oportunidade de pesquisar no acervo Oduvaldo Viana, depositado, organizado e tratado pela Funarte, no Rio de Janeiro, e ele traz documentos fundamentais para pesquisas sobre o cinema e o rádio brasileiro.
Durante essas pesquisas, fico me perguntando onde teriam ido parar arquivos pessoais de figuras fundamentais como Oduvaldo, mas talvez menos conhecidas hoje, que também tiveram trajetórias de destaque não só no rádio e cinema, mas também teatro. Penso em críticos e autores como Celestino Silveira ou Raimundo Magalhães Júnior, para dar dois exemplos.
Entretanto, o mais surpreendente (e triste) não é só pensar no que pode ter se perdido, mas o que, mesmo tendo sobrevivido até os dias de hoje, ainda pode se perder por desinteresse e desleixo de instituições de pesquisa, apesar da dedicação apaixonada de familiares e pesquisadores.
Nesse caso, recomendo a leitura do artigo "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro: o triste fim de uma memória", publicado no site www.joaodorio.com e que me inspirou escrever esse post.
Dá o que pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário